terça-feira, 28 de abril de 2009

O alfabeto da vida já é conhecido. E agora?


Aspectos importantes a referir que estão directamente relacionados com esta notícia são que o número de genes do ser Humano ficou “reduzido” para 30 000 a 40 000 genes de acordo com os resultados do projecto da sequenciação do genoma (inicialmente o valor estimado era de 100 000), o que do ponto de vista de científico é um aspecto motivador.

Também se pode questionar se estes números significam que o ser humano é mais “simples” do que antes se questionava e pensava, porém tal raciocínio demonstraria uma certa mesquinhez visto que ao verificar-se um menor número de genes irá implicar que estes possuam uma maior complexidade, mais concretamente nas relações que estabelecem entre si, assim como a eventualidade de fragmentações alternadas que são capazes de gerar por si só imensas porções de proteínas.

Segundo afirma o investigador Craig Venter (relacionado com os resultados do projecto de do genoma, visto o conceito de “raça” não encontrar consonância a nível genético) “ No essencial, somos todos gémeos – podemos diferenciar as fêmeas dos machos por causa dos cromossomas X e Y – raça não é um conceito científico”.

Esta descodificação descobre as portas de uma verdadeira revolução na medicina uma vez que possibilitará não só uma melhor compreensão dos motivos que conduzem a determinadas doenças genéticas e malformações como também dos problemas mais triviais como a hipertensão. Os dados poderão abonar aos investigadores os instrumentos para a determinação de novas terapêuticas e medicamentos.

Mas como em tudo que apresenta uma sinal vanguardista, as expectativas e os medos vão mais longe e são mais fortes na equação feita numa reflexão sobre qualquer assunto, que neste caso levanta certas questões do tipo “Vamos poder acabar com as doenças genéticas? Será possível construir uma pessoa em laboratório? Poderemos vir a escolher as características dos nossos filhos? Vamos criar homens máquina, todos iguais e pré-programados? “. A resposta a estas questões será dada na altura referida no texto em relação à “tarefa”.

Contudo é correcto questionar a responsabilidade de existir um código ético que regulamente a manipulação genética de seres humanos.

FC - SC

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